domingo, 26 de outubro de 2008

Vigilantes

Os quadrinhos têm ido para as telas do cinema com uma força cada vez maior. Além dos heróis tradicionais como Batman e Superman, fomos invadidos por filmes dos X-Men, Homem Aranha, Hulk, Homem de Ferro e uma série de outros menos tradicionais, como os quadrinhos “Vertigo”, que foi para as telas com o nome do personagem principal “Constantine” e alguns dos geniais quadrinhos do Frank Miller, como Sin City e 300 (sem contar o Batman Begins).

Um outro escritor genial com histórias indo parar nos estúdios de Hollywood é Alan Moore. Com um estilo impecável e histórias cheias de conceitos, citações e referências das mais diversas, foram filmadas, em uma rápida lembrança, as histórias “Do Inferno”, “V de Vingança”, “A Liga Extraordinária” (sem contar o último Batman, que já foi comentando uns posts abaixo).

Agora, o cinema vai nos trazer uma das melhores histórias de todos os tempos e que saiu da mente do senhor Moore: “WATCHMEN”.

Watchmen é uma história de heróis mascarados, sem poderes (exceto o Dr. Manhatan) e que se lançam às ruas buscando combater o crime. Com o tempo eles são obrigados a deixar a vida de vigilantes, proibidos por lei. A história inicia já com os Vigilantes (ou watchmen) “aposentados”, no momento em que o “Comediante” (um vigilante que trabalha para o governo e que ainda está na ativa) é assassinado.

O enredo se desenvolve em várias facetas, sendo contada em cada um dos gibis (uma série em 12 edições quinzenais) a história pessoal de cada um dos principais personagens enquanto se desenrola a busca para saber quem matou o Comediante e outras investidas contra os ex-mascarados acontecem. Tudo isso é um grande pano de fundo para Alan Moore fazer análises sobre a existência e a condição humana.

O trailer já está na internet e o filme estréia ano que vem. Se o filme for dez por cento do que são os quadrinhos, já vale à pena comprar para ter em casa e assistir muitas vezes.

A quem se interessar, abaixo o link do trailer no youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=ONQ3Zgy195Y

domingo, 12 de outubro de 2008

Meios Mandatos

As eleições municipais ainda nem terminaram, uma vez que ainda existe o segundo turno e há uma ou outra pendenga judicial, mas há muito tempo o assunto é 2010. Para viabilizar a disputa nas eleições gerais, os mais fortes candidatos buscaram eleger o maior número possível de correligionários.

Isso faz parte do jogo e é aceitável a estratégia. O desrespeito surge quando parte dos eleitos entraram na disputa pensando em não terminar o mandato. Com os olhos voltados para 2010, um sem-fim de prefeitos vai deixar seus municípios nas mãos do vice e se lançar novamente à disputa de um outro cargo.

Depois de pedir voto, depois ir às ruas, depois de abraçar o povo, depois de prometer melhorias para o município, vão deixar para o vice 32 meses de mandato enquanto ficaram apenas 16. Será que o vice seria eleito, se fosse o “cabeça” da chapa? É honesta essa atitude, onde se faz conchavos para garantir candidaturas em detrimento do que pensa o eleitor?

Essa manobra para eleger “A” e entregar a prefeitura para “B”, aproxima-se muito do que dispõe o artigo 171 do Código Penal, o famoso crime de estelionato.

Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.”

Nesse “estelionato eleitoral” o eleito ganha uma nova candidatura, o vice ganha uma prefeitura. Quem perde? O povo perde. Sempre o povo é quem perde.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Cavaleiro das Trevas

Não bastasse a bronca por não atualizar o blog, ainda tive que outra por não ter postado nem mesmo uma linha sobre o último (não me atrevo mais a chamar de “novo”) filme do Batman. Sendo eu um batmaníaco declarado, não poderia me furtar a escrever algo, mas me furtei!

Pois bem, em uma época que ninguém nem sequer lembra mais do filme, trago umas palavrinhas sobre ele.

Pra começar, é sempre interessante dizer que os filmes do Batman que têm o Coringa, são filmes do Coringa, não do Batman. O palhaço é tão um personagem tão grandioso que ofusca o morcego.

Foi assim com o Jack Nickolson, foi assim com o Heath Ledger.

Justiça seja feira: o Ledger é um Coringa muito melhor que o Nickolson. Enquanto Mr. Nickolson fez do Coringa um gângster piadista, o Ledger criou um personagem completamente violento, insano e amoral. Foi uma aproximação fantástica do que sempre lemos nos quadrinhos, sobretudo quando o Allan Moore faz o argumento. Perfeito!

As inovações, sempre criticadas pelos leitores puristas dos quadrinhos, também aconteceram. O Duas-Caras que teve uma nova origem, a Ramirez corrupta, a Sarah com o nome de Barbarah. Não chega a ser agradável ver essas mudanças, mas não chegam a macular a história.

No entanto, houve uma coisa que me preocupou e que por certo estará na continuação. Tudo fez entender que o filho do Gordon (filho do Gordon???!!!) poderá ser o novo menino-prodígio. Que os roteiristas não cometam essa loucura.

No mais, o filme continuou com a receita do primeiro: exploração do lado psicológico das personagens, muita tensão e violência. Pra mim está aprovadíssimo.