Amizades digitais
Sim, eu sei que o tema já foi pisado e repisado e talvez já esteja sendo cansativo. Mesmo assim vou insistir nele porque gosto de chover no molhado e sempre é interessante que cada um exponha o que pensa sobre temas, como este, polêmicos.
Converso pela internet desde a época do “telnet”, uma coisa jurássica que existia antes de “a rede” conhecer o “www”. Com a popularização muito se falou que as pessoas iriam se afastar, iriam deixar de ter relações físicas e ficar no meramente virtual. Se por ventura houve (e se por ventura há) internautas que mantem sua existência apenas no mundo digital, são as exceções que existem para confirmar a regra.
Qual a regra? A regra é que a rede se tornou um lugar para conhecer gente nova, para reviver amizades perdidas e para reforçar as atuais. A gente se esbarra em um site qualquer, refaz – ou então cria – o contato e a conversa acaba indo parar em um boteco. Como o boteco sempre foi o ponto para onde se converge a conversa fiada, a internet passou a servir como mais um caminho para se chegar lá.
Perdi, há muito, a conta das pessoas que reencontrei e que conheci pelo mundo virtual. Alguns reencontros estreitaram os laços de uma amizade que estava perdida em razão do distanciamento do cotidiano. Algumas amizades aconteceram e ainda estão sólidas, em virtude das afinidades descobertas. O resto se perdeu, como se perdem mesmo os contatos feitos no mundo físico.
Existem, também, aquelas amizades que nunca saem do mundo virtual, é verdade. Os motivos são tantos que nem vale à pena tentar enumerar. O fato é que muita gente com quem a gente se identifica não sai da tela. E quando se tratam de questões de gênero, fica um certo vazio. Fica uma vontade do contato que não se contenta com a mera ciência da existência do outro, que não se contenta com letras trocadas pela tela, que não se contenta com a quase física conversa com som e imagem. E a vontade não se concretiza, tudo se mantém etéreo, virtual. A aproximação, nesses casos, não se consegue física, mas se mantém em outros níveis.
Em alguns casos, a internet não promove o contato físico, mas consegue nos conectar as almas.
Converso pela internet desde a época do “telnet”, uma coisa jurássica que existia antes de “a rede” conhecer o “www”. Com a popularização muito se falou que as pessoas iriam se afastar, iriam deixar de ter relações físicas e ficar no meramente virtual. Se por ventura houve (e se por ventura há) internautas que mantem sua existência apenas no mundo digital, são as exceções que existem para confirmar a regra.
Qual a regra? A regra é que a rede se tornou um lugar para conhecer gente nova, para reviver amizades perdidas e para reforçar as atuais. A gente se esbarra em um site qualquer, refaz – ou então cria – o contato e a conversa acaba indo parar em um boteco. Como o boteco sempre foi o ponto para onde se converge a conversa fiada, a internet passou a servir como mais um caminho para se chegar lá.
Perdi, há muito, a conta das pessoas que reencontrei e que conheci pelo mundo virtual. Alguns reencontros estreitaram os laços de uma amizade que estava perdida em razão do distanciamento do cotidiano. Algumas amizades aconteceram e ainda estão sólidas, em virtude das afinidades descobertas. O resto se perdeu, como se perdem mesmo os contatos feitos no mundo físico.
Existem, também, aquelas amizades que nunca saem do mundo virtual, é verdade. Os motivos são tantos que nem vale à pena tentar enumerar. O fato é que muita gente com quem a gente se identifica não sai da tela. E quando se tratam de questões de gênero, fica um certo vazio. Fica uma vontade do contato que não se contenta com a mera ciência da existência do outro, que não se contenta com letras trocadas pela tela, que não se contenta com a quase física conversa com som e imagem. E a vontade não se concretiza, tudo se mantém etéreo, virtual. A aproximação, nesses casos, não se consegue física, mas se mantém em outros níveis.
Em alguns casos, a internet não promove o contato físico, mas consegue nos conectar as almas.