sábado, 10 de julho de 2010

Amizades digitais

Sim, eu sei que o tema já foi pisado e repisado e talvez já esteja sendo cansativo. Mesmo assim vou insistir nele porque gosto de chover no molhado e sempre é interessante que cada um exponha o que pensa sobre temas, como este, polêmicos.

Converso pela internet desde a época do “telnet”, uma coisa jurássica que existia antes de “a rede” conhecer o “www”. Com a popularização muito se falou que as pessoas iriam se afastar, iriam deixar de ter relações físicas e ficar no meramente virtual. Se por ventura houve (e se por ventura há) internautas que mantem sua existência apenas no mundo digital, são as exceções que existem para confirmar a regra.

Qual a regra? A regra é que a rede se tornou um lugar para conhecer gente nova, para reviver amizades perdidas e para reforçar as atuais. A gente se esbarra em um site qualquer, refaz – ou então cria – o contato e a conversa acaba indo parar em um boteco. Como o boteco sempre foi o ponto para onde se converge a conversa fiada, a internet passou a servir como mais um caminho para se chegar lá.

Perdi, há muito, a conta das pessoas que reencontrei e que conheci pelo mundo virtual. Alguns reencontros estreitaram os laços de uma amizade que estava perdida em razão do distanciamento do cotidiano. Algumas amizades aconteceram e ainda estão sólidas, em virtude das afinidades descobertas. O resto se perdeu, como se perdem mesmo os contatos feitos no mundo físico.

Existem, também, aquelas amizades que nunca saem do mundo virtual, é verdade. Os motivos são tantos que nem vale à pena tentar enumerar. O fato é que muita gente com quem a gente se identifica não sai da tela. E quando se tratam de questões de gênero, fica um certo vazio. Fica uma vontade do contato que não se contenta com a mera ciência da existência do outro, que não se contenta com letras trocadas pela tela, que não se contenta com a quase física conversa com som e imagem. E a vontade não se concretiza, tudo se mantém etéreo, virtual. A aproximação, nesses casos, não se consegue física, mas se mantém em outros níveis.

Em alguns casos, a internet não promove o contato físico, mas consegue nos conectar as almas.

domingo, 4 de julho de 2010

Agora a Inês é morta.

Enfim, fui uma voz solitária e vaiada quando dizia que o time do Brasil estava longe de ser uma Seleção. O que o time praticava lembrava um pouco futebol, mas estava longe de sê-lo. Reclamei e queria que perdesse logo. Ganhar sem jogar de verdade, focado em resultados e não em futebol, é aplicar a máxima maquiavélica e dizer que os fins (resultados) justificam os meios (o futebolzinho feio e sem sal).

Agora, que o time perdeu, voltou e foi vaiado, todo mundo diz que jogou mal. Se é pra perder, que seja como perdeu o Paraguai, jogando com vontade até o fim. Até a Argentina fez mais bonito (e perdeu por 4x0 sem dar pancada em ninguém).

Enfim, como eu disse no texto anterior, assim como no carnaval, tudo se acabou nas quartas.. (risos)

Agora é deixar os hormônios voltarem aos níveis normais e tocar a vida.