terça-feira, 9 de novembro de 2010

Caindo do céu




Então, tudo foi mais ou menos assim: era pra eu ir pra Floripa, mas o Átila, meu amigo que mora lá, não estaria na cidade, o que inviabilizou o projeto. Então pensei no que fazer no feriado. Foi quando me deu um estalo e resolvi fazer algo que desde a infância sempre tive vontade.

Fui pra Boituva (obrigado, Candi e Sérgio), entrei em um avião, ele subiu 12.000 pés (quase 4 Km) e pulei lá de cima, caí por 46 segundos em queda-livre, depois o paraquedas abriu, passeei pelo céu e depois cheguei no chão. Simples, né?

Obviamente foi um salto duplo. Não dá pra um marinheiro (ou paraquedista) de primeira viagem (ou salto) querer fazer um vôo (ou queda) solo. Inevitável que seja duplo.

A sensação é de pura adrenalina. Desde a subida do avião, com a pressão apertando os ouvidos e o frio aumentando enquanto sobe, passando pela abertura da porta e o vento entrando na pequena aeronave, congelando até a alma dos saltadores, a saída do avião, caindo de cara com o vento, com a velocidade cada vez maior, chegando a desfigurar o rosto, a abertura do paraquedas (transformando tudo em um passeio mais tranqüilo) até a chegada no chão, com a certeza que você precisa fazer aquilo outra vez.

Mal comparando, o primeiro salto é exatamente como diz o personagem do Nicholas Cage em “O Senhor das Armas” quando vende sua primeira metralhadora. Segundo ele, a primeira venda é como fazer sexo pela primeira vez: você não sabe exatamente o que está acontecendo e, quando vê, já acabou.

Tente se imaginar caindo de 4 quilômetros de altura, de pontacabeça rumo ao chão. Imagine que essa queda dure 46 segundos. Para ter uma ideia do que é isso, experimente contar até 46 e pense no que significa isso caindo sem parar e a velocidade beirando os 300 Km/h. Fórmula 1 de cabeça pra baixo, amigo.

A melhor parte? Sair do avião. Ter uma visão do mundo como se fosse uma imagem de satélite e se jogar porta-a-fora, caindo do céu.

A quem se interessar, eu saltei pela Brasil Paraquedismo, deem uma olhada no site.

Valeu, Insano (instrutor) e Sangue (que fez as fotos). Na próxima, quero ir com amigos e saltar com uma turma grande. Eu gostei e recomendo.