sábado, 28 de julho de 2007

Aprendendo com os problemas

Responda rápido: para que servem o platô, a bronzina, a correia dentada, o cebolão do radiador, o platinado e os anéis do motor?

Se vc conhece essas peças e sabe para que servem, ou é estudioso/trabalha com mecânica ou seu carro já teve problemas com elas. O mesmo tem acontecido hoje com a aviação: pessoas que nunca viram um avião por dentro, discutem, como se fosse especialistas, sobre transponder, caixa preta, ranhuras na pista, reverso, "arremeter" e por aí vai.

Felizes daqueles pelo mundo que se preocupam apenas em abastecer o carro e que sabem, tão somente, que o avião decola e pousa.

O conhecimento tem custado muito caro.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Tragédias

Há anos houve a colisão do jato que transportava os "Mamonas Assassinas" em uma serra em São Paulo. Pouco tempo depois, caiu um avião em uma área urbana, não lembro onde, e que ficou registrado na caixa preta da aeronave uma fala do piloto, tentando evitar o pior, que disse: "ao menos consegui desviar do colégio" (que estava em horário de aulas). Recentemente, o choque do avião da Gol. Agora, nova tragédia envolvendo um avião.

O meio mais seguro de viagem, segundo estatísticas, é o aéreo. Evidentemente, não para quem estava à bordo das aeronaves que estiveram nessas tragédias. Não sou piloto, nada entendo de aviação. No entanto, pousar em Congonhas sempre me pareceu uma aventura. Descida íngreme e desaceleração brusca. Confesso que gosto da sensação causada pela descida naquele aeroporto.

Confesso também que sempre acreditei que os controladores do aeroporto não deixariam que houvesse pousos na pista caso não houvesse condições. O mesmo serve para os pilotos, que não arriscariam vidas (inclusive as deles) em uma manobra arriscada. Menos ainda interessa à empresa destruir uma aeronave, seja pelo valor do bem, seja pelo nome e confiabilidade à marca.

Então, o que houve? Como se explica? O que dizer às famílias que foram mutiladas parcialmente nesta tragédia?

Apesar de dizerem que voar é seguro, a cada dia, a cada vôo, fica a incerteza sobre, após entrar na aeronave, de que parte das estatísticas vai-se fazer parte após a decolagem.

Meus mais sinceros sentimentos às famílias.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

E o Pagot?

Homem forte do Governo de Mato Grosso e suplente de Senador, L.A. Pagot, está há meses na espera para ser sabatinado e assumir a presidência nacional do DNIT. E ainda vai ter que esperar mais, já que manobras de plenário adiaram (por enquanto) para depois do recesso a votação.

O mais curioso de tudo é ver o PT acusando o PSDB de estar emperrando a máquina administrativa, de promover uma guerra pessoal que tem como atores principais algumas personalidades políticas do Estado de Mato Grosso. Faz bem lembrar que, antes de janeiro de 2003 a prática da oposição, da tomada de medidas procrastinatórias de ações do Executivo, de incitações para greves, de mobilizações contra pagamento da dívida ao FMI e de outros tantos batuques e bate-panelas estavam na ordem do dia dos hoje comandantes do país.

É jogo democrático: situação X oposição. Uma hora se é pedra e na outra, vidraça. Ganha o jogo quem não tem tenhado de vidro, quem tiver o menor número de telhas de vidro ou então quem tiver a melhor pontaria.

Alguém arrisca um palpite?

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A face da morte

Se existe uma grande e irrefutável verdade é a de que todos vamos morrer. Nascemos predestinados à morte. Aliás, mal nascemos e já começamos a morrer, como diria Vinícius.

Outro fato é o nosso despreparo para esse momento. Cada vez que um ente ou amigo querido se vai, a dor é inevitável. Também há a comoção nas mortes violentas ou trágicas noticiadas pela imprensa (sobretudo a sensacionalista).

Quando a morte é anunciada, seja pela idade avançada, seja por uma doença agravada ao longo dos tempos, a dor é suavizada e há uma tentativa de aceitação. Algo do tipo "fulano descansou".

Mas existe a morte violenta ocasionada pelas bestialidades humanas e pelos acidentes. Para estas, não há remédio e a dor é potencializada sobretudo quando a idade é pequena.

Dói o peito, marejam os olhos, soluços intermináveis e a certeza da injustiça da vida são certos em quem fica e vela o corpo, que parece sorrir às vésperas do sepultamento.

Nesta hora, ainda lembrando Vinícius, resta pensar que vão continuar a existir as memórias de quem se vai, porque para isso fomos feitos, "para lembrar e sermos lembrados".

"...
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos imensamente."
(poema de natal - vinícius de moraes)

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Vida é prazo.

Vida é prazo. Na absurda economia e administração do tempo, estabelece-se prazo pra tudo. Cinco minutos para um cafezinho. Duas horas de almoço.Um mês de férias. Ao que parece, os seres humanos não sabem existir sem estabelecer prazos para suas atividades.

Não bastasse haver prazo para tudo o que nos rege na vida civil, ainda há teorias que estabelecem até prazos para sentimentos. Diz a teoria que o prazo de uma paixão é de 18 a 30 meses. Complicadas explanações informam que o prazo é estabelecido em virtude da liberação de hormônios e mais uma série de fatores externos.

Afirma ainda a teoria que, depois de acabada a paixão ou nada sobra ou tudo vida amor.

Então, quando iniciarem um relacionamento daqueles que deixam frios na barriga e sorrisos no rosto, deixem claro que, no máximo em 30 meses a paixão vai pelo ralo e vai restar ou um amor fraterno ou nada.

Outra opção é rir dessa afixação de prazos, acreditar que a paixão pode durar menos de 15 minutos ou a vida toda. Acreditar que os sentimentos não cabem em uma regra aritmética.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Escracho Nacional ou "Cadê o Vavá?"

Eu fico encantando com a capacidade do povo brasileiro em fazer piada com as piores mazelas que assolam nossas vidas e corroem a nossa democracia.

Recentemente o irmão do Presidente da República foi citado em um documento da Polícia Federal em virtude de uma conversa um tanto heterodoxa (ou seria o contrário?) sobre a destinação de recursos para obras em nosso país. Pois bem, curiosamente, ato contínuo a mídia trouxe a notícia de um caso do Presidente do Senado com uma jornalista que resultou em uma filha.

A notícia retirou o Vavá das paradas de sucesso e ninguém mais comenta a história do "lambari". O que se tornou assunto corrente foi o "caso Renan".

Apenas pra constar, a mãe da "renanzinha" é uma jornalista chamada "Mônica" (acho que Bill Clinton conhece uma história com esse nome) e as discussões acerca das altas somas pagas a título de pensão, entregues por meio de um lobbista, geraram, no mínimo um "mal estar" no Senado.

Mas, como dito acima, o povo brasileiro consegue manter o bom humor e fazer piada até nesses momentos de grande crise. Duvida? Então, veja a foto abaixo.