domingo, 1 de junho de 2008

Emoção me emociona

A despeito do pieguismo que inevitavelmente está inserido no contexto, não posso (e nem quero) negar: emoção me emociona. Não a emoção barata, provocada por algum animador de auditório ou a emoção provocada por um marketeiro em um comercial de leite condensado. Mas a emoção natural, sobretudo a emoção contida, que não se esvai em lágrimas desesperadas, me emociona.

Existe, também, a emoção de protocolo: esperada e necessária. A (má) dramaturgia, inclusive televisiva, fez com que esse tipo de emoção perdesse o encanto. Tornou-se trivial, banal.

Existe um plus, que emociona, quando ocorre algo diferente. Há uma certa poesia no novo, no inesperado.

Uma amiga recentemente casou-se e, toda sorrisos, deixou transparecer desde que adentrou a nave um certo nervosisvo que tentava conter. Embalde...

Quase ao fim da cerimônia, ainda sorrindo, faltaram-lhe as pernas. Emoção bela, contida, discreta. Amparada pelo noivo (já deveria ser esposo àquele momento), assistiu sentada a assinatura do livro pelos padrinhos.

Sem lágrimas. Sem desespero. Pura emoção.