segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mentiras Necessárias

“a mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”
Mário Quintana

“uma mentira contada mil vezes, torna-se verdade”
Joseph Goebbles

A ministra Dilma, em reunião no Senado Federal, quando questionada pelo senador Agripino sobre uma entrevista por ela concedida onde confessou que mentia nas sessões de interrogatório durante a ditadura, respondeu ao parlamentar que muitas vezes é necessário mentir para proteger inocentes, que durante um regime de exceção, sob tortura, a mentira é uma virtude.

Todos já contamos mentirinhas por motivos menos nobres. A vida em sociedade seria impossível sem a mentira. Como se diz, “mais vale uma mentirinha bem intencionada que uma verdade desnecessária”. A esposa/namorada que está fora do peso e pergunta se está gorda, espera por uma resposta agradável, não pela verdade. Durante as campanhas políticas e pronunciamentos oficiais, o povo espera menos por um diagnóstico do real que por propostas impossíveis, mas que exercitem o desejo e o sonho.

Aliás, a mentira institucional é uma espécie de esporte nacional. A manutenção do status quo necessita de algumas inverdades, algumas vezes descaradas, como, por exemplo, o “eu não sabia de nada”.

Enfim, a plena realidade é impossível e deselegante. Mas também é deselegante e desagradável o exagero.

Se por ventura às vezes a mentira é uma virtude e por outras é necessária (e até elegante), na grande maioria das situações é imprescindível a verdade, nada além da verdade, sobretudo nas estruturas do Poder, onde mente-se, como nunca antes, na história deste país.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

O veado, aparece pra gente beber umas....PEICHE!

3 de junho de 2008 às 11:26  

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