Saudade(s)
Existe um fenômeno lingüístico chamado “idiotismo”, que é uma construção própria de uma determinada língua, uma locução própria. Temos diversos exemplos disso, mas o que mais chama a atenção (a minha, ao menos) é uma palavra que, segundo alguns, não é o melhor caso, haja vista haver algo que se assemelha, salvo engano, no espanhol. A palavra em questão é “saudade”.
Saudade é um sentimento melancólico de coisas ou pessoas que estão distantes ou já se foram. Aquela dor que espezinha, que nos deixa com os olhos voltados para o passado, relembrando fatos, palavras, situações. Aquele sentimento que nos deixa com um meio sorriso no rosto e, não raramente, com os olhos marejados. Não chega a ser uma angústia, mas é muito mais que a simples lembrança.
Uma amiga muito querida me corrigiu certa vez por eu ter o hábito de usar a palavra no plural, alegando que a língua não admite o “s” ao final. Preocupado, fui me socorrer dos dicionaristas, que, certamente tendo os mesmos sentimentos que eu, entenderam que é tanta saudade que não cabe apenas o singular para a palavra, admitindo o plural.
Saudade. Saudades. No singular, sentimento melancólico por quem se foi. No plural, lembranças afetuosas a pessoas ausentes. Mutatis mutandi, ficam seis por meia dúzia. No final as pessoas não estão próximas e o sentimento aperta o peito e molham-se os olhos, inevitavelmente.
O certo é que, como dizia o poeta:
“Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.[...]”
(Vinícius de Moraes – Poema de Natal)
Eu sinto saudade. Eu sinto saudades.
Saudade é um sentimento melancólico de coisas ou pessoas que estão distantes ou já se foram. Aquela dor que espezinha, que nos deixa com os olhos voltados para o passado, relembrando fatos, palavras, situações. Aquele sentimento que nos deixa com um meio sorriso no rosto e, não raramente, com os olhos marejados. Não chega a ser uma angústia, mas é muito mais que a simples lembrança.
Uma amiga muito querida me corrigiu certa vez por eu ter o hábito de usar a palavra no plural, alegando que a língua não admite o “s” ao final. Preocupado, fui me socorrer dos dicionaristas, que, certamente tendo os mesmos sentimentos que eu, entenderam que é tanta saudade que não cabe apenas o singular para a palavra, admitindo o plural.
Saudade. Saudades. No singular, sentimento melancólico por quem se foi. No plural, lembranças afetuosas a pessoas ausentes. Mutatis mutandi, ficam seis por meia dúzia. No final as pessoas não estão próximas e o sentimento aperta o peito e molham-se os olhos, inevitavelmente.
O certo é que, como dizia o poeta:
“Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.[...]”
(Vinícius de Moraes – Poema de Natal)
Eu sinto saudade. Eu sinto saudades.
6 Comentários:
Eu tb...
SaudadeS de VOCÊ, então, meu bem!
;)
(Adorei o texto!/Esclareceu, né?!)
saudade é o meu melhor sentimento.. eu gosto dele
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Sentir saudade...sentir saudades, sinto as duas, mas sinto mesmo é aquela vontade de rever, de matá-la com vc...vem me ajudar a entender pq sinto tanta saudade de vc. bjs de sua Mary
Muito lindo Xis, eu tbem sinto saudade e saudades, é um sentimento muito bom que nos remete lembrança de pessoas queridas, amores, paixões, coisas ou lugares que nos agradou muito, é sabido que sentimos saudade ou saudades só do que foi bom... :0)
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