"... seja por ingenuidade, seja por hipocrisia..."
Eu ainda me encanto com a capacidade de nosso povo se estarrecer com assuntos que são por todos conhecidos. Apesar de já não ser mais o assunto do momento (esperei passar os 15 minutos para depois falar sobre), a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, dizendo que o PMDB é corrupto, foi apenas a revelação de algo que as pessoas falam abertamente no dia-a-dia.
Em qualquer mesa de boteco, barbearia ou corrida de taxi, quando se fala de política e o assunto chega ao fisiologismo, é unânime que o PMDB é um partido DO poder. Seja lá quem for o poder. O que mais importa é estar junto com quem dá as cartas para poder também distribuí-las. Ministérios, presidências de órgãos da Administração Pública Indireta, cargos de chefia. A grande base sempre formada de parlamentares ajuda a convencer o chefe do Executivo que é sempre bom contar com aliados históricos do poder.
Então eu me pergunto: o que, afinal, houve de novidade na entrevista do senador? Talvez o fato de a notícia vir de dentro do partido? Talvez o fato de ele ter resolvido romper com a cortina de fumaça e jogado na cara de todos o que todos estamos cansados de ver – o tempo todo – nas nossas caras?
Havendo o hábito de se criticar a política e os políticos, a entrevista, no máximo, poderia servir para um brado coletivo de “Tá vendo? Eu sempre disse isso!”.
E quais foram os efeitos práticos da entrevista? Nenhum, é claro. A cúpula do partido, muito espertamente, sabia que a emenda sairia pior que o soneto e não tomou nenhuma postura. Apenas disse que as acusações foram genéricas e que nada havia de ser feito.
O resultado? Ninguém nem comenta mais nada. Passaram os 15 minutos de burburinho e o PMDB continua presidindo as duas Casas e se ocupando de outros tipos de escândalo para administrar. Castelos, Corregedorias, Diretorias e Diretores.
O nosso povo, com a memória sempre curta – seja por ingenuidade seja por hipocrisia – , já está, mais uma vez, prontinho para se chocar com qualquer nova revelação que não passe da mera exposição pública daquilo que o próprio público expõe diariamente.
Em qualquer mesa de boteco, barbearia ou corrida de taxi, quando se fala de política e o assunto chega ao fisiologismo, é unânime que o PMDB é um partido DO poder. Seja lá quem for o poder. O que mais importa é estar junto com quem dá as cartas para poder também distribuí-las. Ministérios, presidências de órgãos da Administração Pública Indireta, cargos de chefia. A grande base sempre formada de parlamentares ajuda a convencer o chefe do Executivo que é sempre bom contar com aliados históricos do poder.
Então eu me pergunto: o que, afinal, houve de novidade na entrevista do senador? Talvez o fato de a notícia vir de dentro do partido? Talvez o fato de ele ter resolvido romper com a cortina de fumaça e jogado na cara de todos o que todos estamos cansados de ver – o tempo todo – nas nossas caras?
Havendo o hábito de se criticar a política e os políticos, a entrevista, no máximo, poderia servir para um brado coletivo de “Tá vendo? Eu sempre disse isso!”.
E quais foram os efeitos práticos da entrevista? Nenhum, é claro. A cúpula do partido, muito espertamente, sabia que a emenda sairia pior que o soneto e não tomou nenhuma postura. Apenas disse que as acusações foram genéricas e que nada havia de ser feito.
O resultado? Ninguém nem comenta mais nada. Passaram os 15 minutos de burburinho e o PMDB continua presidindo as duas Casas e se ocupando de outros tipos de escândalo para administrar. Castelos, Corregedorias, Diretorias e Diretores.
O nosso povo, com a memória sempre curta – seja por ingenuidade seja por hipocrisia – , já está, mais uma vez, prontinho para se chocar com qualquer nova revelação que não passe da mera exposição pública daquilo que o próprio público expõe diariamente.
2 Comentários:
Desculpe a invasão...mocinho...
Parabéns pelo blog
Beijinho
LYA
parabéns pelo texto. Este último paragráfo não vem de encontro aos últimos acontecimentos?
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial