quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Lísias e Benedetti

Há algum tempo fiz duas constatações, uma em decorrência da outra. A primeira é que eu não leio mais tanto quanto lia minha juventude. A segunda, em decorrência da primeira é a de que (céus!!!!) eu não sou mais jovem.

Artrites e reumatismos à parte, resolvi voltar às minhas leituras e desempoeirei alguns livros que descansam há tempos na estante. Dois me chamaram a atenção a ponto de relatar aqui.

O primeiro é de um autor que conheci em São Paulo, em uma FLAP (para saber mais sobre a FLAP, pergunte pra Ana Rüshe http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=851804919363347883 ou no www.AnaR.com.br), chamado Ricardo Lísias. Naquele evento houve uma análise de uma novela dele chamado "o capuz". Muito interessante. O que li recentemente foi o "duas praças". Uma linguagem interessante, um formato instigante. Vale a leitura.

Ando lendo, agora, muuuuito lentamente, saboreando cada linha de um autor uruguaio chamado Mario Benedetti em seu "a trégua". No auge da minha ignorância eu o desconhecia por completo. O livro está escrito na forma de diário, contanto a história de Martin Santomé, um homem que beira os 50 anos, às vésperas de se aposentar, com uma vida pouco interessante, dono de uma personalidade irônica, beirando o cinismo e demostrando um imenso desencanto com o mundo.

A forma de diário permite que se ingresse profundamente no mundo do personagem, em seus sentimentos mais íntimos, em suas desconfianças, suas (des)esperanças e seu reencontro com o amor (?!) por meio de uma jovem que lhe tem menos da metade da idade. Uma análise interessantíssima da alma humana. Vale muito à pena.

Prometi sempre ser breve nos textos e me excedi. Acabei me empolgando! Nas próximas, serei menos prolixo.

6 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Gostei muito.Seus comentários nos rementem às páginas onde os autores conseguem imprimir suas almas em folhas brancas.Valeu a indicação.

15 de agosto de 2007 às 14:13  
Blogger Maria Rangel disse...

Não se limite a pensar em escrever pouco..rs. Vc escreve muito bem natural q se anime quando escreve sobre algo q gosta e te dá prazer, eu q o diga pq sempre tb me perco e acabo escrevendo demais..rs
Mas seus textos estão ótimos,leitura gostosa e colocações perfeitas.

15 de agosto de 2007 às 19:31  
Anonymous Anônimo disse...

Pois é Xiston, como a Anna disse, você escreve muito bem, quem sabe um dia você não escreve no meu blog também xD
ps.: o link do seu blog ja esta la no meu

17 de agosto de 2007 às 16:34  
Anonymous Anônimo disse...

errata: desculpa foi a Maria Rangel quem disse isso...

17 de agosto de 2007 às 16:35  
Blogger ana rüsche disse...

xisto!!!

vc tem um blogueeee, ah, que máximo!

adorei, voltarei mais vezes,

beijinhos todos

20 de agosto de 2007 às 18:19  
Anonymous Anônimo disse...

Gostei de vc ter se achado prolixo ... Se você separar uma única sílaba da palavra, talvez você mate todo o texto ... Escreva-os do tamanho que desejar, com o cuidado de não esquecer sua finalidade, senão eles podem perder o sentido ... E, dar ao leitor a vontade de enviá-los p'ro lixo ...

3 de setembro de 2007 às 22:02  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial