quarta-feira, 6 de outubro de 2010

500 dias com ela (ou "as mentiras que elas contam")

Sim, é um post sobre o filme. Sabe aquela música antiga, da Blitz, que diz que “essa é mais uma daquelas manjadas histórias de amor que já aconteceu comigo, com você e com todo mundo”? Pois é, o filme poderia começar assim. Não é “a história do cara que perdeu a gata, da gata que perdeu o cara”, ao contrário, é a história do cara que encontrou a gata. Diz mais ou menos assim:

Um cara, normal, nada demais, trabalha em um escritório e surge uma deusa escandinava que passa a trabalhar com ele. Branquinha, olhos azuis, cabelos pretos. Linda. Lembra muito uma ex-namorada minha! Hahahahahahahaha. Então, voltando ao tema, o cara se apaixona pela moça, começa a rolar algo legal, mas ela não quer nada sério. Ela diz que tem outro foco, blá-blá-blá. Depois ela termina com ele, muda de emprego e some.

Depois ele a reencontra e, é claro, a dama (como diria o Gian) conheceu outro cara e vai se casar com o intruso (quem nem dá as caras no filme). Evidentemente o herói da nossa história fica um lixo. Mas sobrevive. Quando ele pergunta por que, afinal, ela resolveu se casar, com toda a crueldade que só o universo feminino consegue, a moça diz que, quando conheceu o noivo, sentiu tudo aquilo que não sentiu quando conheceu o nosso herói.

Caros leitores (caso existam) deste abandonado blog, eu lhes pergunto: qual de vocês, do sexo masculino, nunca ouviu essa conversa fiada, da moça que diz que “está dando um tempo para ela”? Quem nunca ouviu uma mulher saída de um relacionamento dizer que “agora ela quer é cuidar mais dela”? Caras leitoras (caso existam), confessem, vocês já passaram por essa situação.

E o que acontece na sequência? Invariavelmente, conhecem alguém e mudam de idéia. Não querem mais cuidar delas e nem dar tempo.

Trocando em miúdos, amigos, se vocês ouvirem de alguma mulher essa historieta de cuidados, tempo e similares, liguem o tradutor de idiomas e entendam a mensagem: você não é interessante! Fica a dica! (como diria a Dani)

“500 dias com ela” não tem final feliz, mas é real.

7 Comentários:

Blogger Marinês Parra Turcato disse...

O amor é quando sentimos a falta da pessoa amada, mesmo estando em meio a uma multidão. A pessoa amada é o seu último pensamento antes de dormir e o primeiro quando acorda. O amor é saber que existem sete bilhões de pessoas no mundo e você querer só uma (aquela). Entendo a personagem, apesar de não ter assistido ao filme, mas vi um resumo no you tube. As vezes, algumas mulheres saem com um homem, mas isso não quer dizer que o ama. Os homens também fazem isso (bem mais do que nós). Eu por exemplo, demoro, as vezes, um ano pra esquecer uma pessoa que gostei. Enquanto isso, ninguém chega perto, ninguém mesmo. É como se você tivesse respeito pelos sentimentos que ainda possui pelo ex. Estranho!!! Mas não queremos nada e nem ninguém. É um momento de transição entre o amar e o esquecer. É claro, que olhamos para outro homem, que as vezes nos interessam. Mas falta algo, a química, o olhar, a vontade, o querer... E isso é fundamental. A questão de pele é muito importante. Como dizem por ai: quem eu quero não me quer, quem me quer eu não quero. Para cada ser humano existe um par. Eu sei que o meu virá, deposito toda minha esperança nisso. Risos. Mas também aprendemos a fazer sexo, sem amor. A ter orgasmos, sem dizer eu te amo. A olhar nos olhos e curtir só o momento. Também aprendemos a não ter sentimentos. Se ele aparece, o sufocamos em razão da razão, e não nos deixamos envolver com a emoção. Mas algumas vezes somos traídas, e uma armadilha nos prende, pisamos em terreno movediço. E, então, seremos felizes para sempre ou sofreremos por um tempo, ou ainda recordaremos de tudo na cadeira de balanço...

8 de outubro de 2010 às 17:40  
Blogger Marinês Parra Turcato disse...

Todo ser humano mente. Não há exceções. Uns mais, outros menos. Uns por necessidade do momento, outros por hábito... Cuidado para não rotular!!! Eu, por exemplo, detesto mentiras. Mas, confesso, que algumas vezes tenho a necessidade. Mas sei que não é correto. Só se realmente for necessário. Vivo me cuidando. Como ser cristã, fazendo pecados!!! Risos. Apesar de existir o perdão... Mas ai vem a história do ladrão de lenha...

8 de outubro de 2010 às 18:29  
Blogger marisss disse...

Xisto, falando na lata, detesto esse filme, apesar de toda estética fofinha em que ele se enquadra.... talvez isso também seja um fato para não gostar dele. Primeiro pq é um elogio à nossa falsa liberdade de não escolhermos o que nos foi determinado: nascer, crescer,trabalhar, casar e procriar.
Summer é o retrato do falso cult, da menina que precisa se afirmar enquanto super esclarecida e auto suficiente, mas no fim das contas vai viver uma vida de acordo com os ditames conservadores: casadinha e feliz, como se esse fosse mesmo um fim último, além do mais, o novo "príncipe" é visto como se a tivesse tirado do limbo de suas indefinições e agora, SOMENTE AGORA, ela era mais feliz, de cabelinho cortado e olhar radiante.
O nosso caro rapaz apaixonado, ele sim vive as intensidades da vida sem desejar seguir uma cartilha: se apaixona, é espontâneo e não deseja manter enigmas para ser atraente... Aí o filme tb mostra como a autenticidade de alguém se anula perante as variadas formas de "se representar"...
Ah! E não culpe a "crueldade feminina", a crueldade não tem gênero e pode se manifestar de múltiplas maneiras! Summer não foi cruel... ela não dá conta de articular uma questão como essa... rs, assim mantém o super sorriso e deseja felicidades ao bom moço, simples assim!

Bjosss

9 de outubro de 2010 às 11:39  
Blogger Marinês Parra Turcato disse...

Estou lendo Mentes Perigosas (ótimo!!!). E acredito piamente que as pessoas tem um pouco do Maskará dentro delas. Risos. Não concordo com o último comentário postado aqui (seu blog está parecendo o RDnews, risos), quando diz que a guria tinha que ser aquilo mesmo e não tentar ser certinha. Na vida tem vários momentos, e muitas vezes fazemos escolhas conforme a cultura, a necessidade, a vontade... Mas ali (olha que nem assisti o filme, somente ouvi o comentário de quem entende de filmes para escrever esse comentário) ela não sentia amor. E foi só isso. Não sentia amor por ele. Poderia ser atração física, gostar, sei lá, mas era amor. Pra ele, ela era tudo de bom. Mas pra ela ele foi só mais um. Simples, não? Numa relação pode faltar tudo, menos o AMOR!!! Amar é sentir o coração acelerar quando falamos com a pessoa ou quando chegamos perto, as pernas tremem, a respiração fica profunda, as mãos suam, os olhos brilham, o sorriso vive estampado, não existe tristeza, tudo está bem. Tem relacionamentos que marcam, outros mal lembramos o nome da pessoa. E nós, seres humanos temos poderes mentais ma-ra-vi-lho-sos: amar, neutralizar e esquecer. Tudo está na sua mente. Os dois estão certos, sempre vai depender de quem assiste (já que cada ser humano é um mundo). Os românticos gostaram dele, os que usam a razão (rsrsrsrsr, eu) gostaram dela. E para finalizar vem aquela velha história: João gostava de Maria, que gostava de José, que gostava de Joana...

9 de outubro de 2010 às 20:20  
Anonymous Anônimo disse...

Ótimo texto, Xisto.

Eu inclusive tenho uma observação: já reparou que toda mulher tem essa mania irritante de achar que tem poder sobre como o parceiro se sente? Frases como "Eu não quero magoá-lo", quando enrolam pra terminar um relacionamento. "Eu sabia que vc ia reagir assim", qdo tem notícias ruins pra dar...

(no passado, até escrevi uma série de textos com frases assim, que denominei 'desastres da retórica', rsrsrsrs) Fiz só de sacanagem, porque sabia q uma ex minha ia ler.

Grande abraço

17 de outubro de 2010 às 13:53  
Blogger marisss disse...

Marinês,ótimo vc não concordar com meu post, pq tb não concordo com o seu, que se pauta em definir o que é amor... e que para cada ser humano existe um par, desculpe, mas essa visão romanesca não é cabível para mim, acho q já foi um dia...
Hj como adulta penso sim na grandeza do amor, e nas múltiplas formas em que ele pode se revelar, no entanto não procuro definições soltas como vc faz.
Assisti o filme mais de uma vez e recomendo q vc tb assista com uma visão mais real da relações...
(Até pq mesmo o amor sendo um conceito abstrato, ele está imerso em uma complexidade concreta)
Ainda afirmo que o filme coloca bem a questão da efemeridade, representação, moldes de vida enlatados...
Como vc disse, Summer não o amou, ele foi mais um, concordo, mas acho q o filme nos fornece muito mais noções do que essa tão simplista da qual vc se refere...

19 de outubro de 2010 às 10:59  
Anonymous Deete disse...

senti um pontinha d machismo??
hehe

4 de dezembro de 2010 às 18:44  

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