Los 3 Amigos
No dia em que a Nelissa embarcou para São Paulo, saindo da rodoviária, comprei uma edição de “Love Estórias” e “Los 3 Amigos”. Neste dia eu, o Paulo e o Augusto nos tornamos El Xiston, Paulito e Augusto Villa. Éramos grandes amigos e quase inseparáveis: Los 3 Magrelas (e, depois, Los 3 Amigos).
Havia uma alegria adolescente na personificação das personagens copiadas da revista. A criação de um pacto de amizade selado com cuspe (ao invés de sangue), a eleição de um terreno onde sempre parávamos pra urinar como sendo o “terreno mictório”, um cumprimento particular que persistiu ao longo dos anos. Somou-se a nós o Henrique, ou H-Manu. Sim: nós três éramos quatro.
Àquela época, eu queria fazer faculdade de computação, o Paulo queria ser diplomata, o Henrique era anarquista e pensava em ser político, o Augusto queria pegar as meninas mais bonitas. Não passava muito disso. Havia planos para o futuro. Eu e o Paulo fazíamos poesias. O Henrique tocava violão. O Augusto pegava as meninas mais bonitas.
O tempo passou. Entrei na faculdade de computação, mas abandonei e fiz direito. O Paulo começou fazer direito aqui e se mudou para São Paulo, para fazer direito por lá. O Henrique foi fazer direito no Paraná. O Augusto ficou por aqui mesmo e fez direito (mas continuou pegando as meninas mais bonitas).
O Paulo deixou de lado a ideia da diplomacia, formou-se em direito, mas continuou a fazer poesia e hoje é um autor respeitado no segmento literário em São Paulo, com indicação para melhor livro do ano, inclusive. Eu me formei em direito e fui parar na política, assessorando um Deputado. O Henrique, esqueceu o anarquismo, formou-se em direito e hoje circula pelas ruas da cidade dele em carros importados. O Augusto, que também se formou em direito, há tempos eu não vejo mas dentre o que estiver fazendo, por certo continua pegando as meninas mais bonitas.
Havia uma alegria adolescente na personificação das personagens copiadas da revista. A criação de um pacto de amizade selado com cuspe (ao invés de sangue), a eleição de um terreno onde sempre parávamos pra urinar como sendo o “terreno mictório”, um cumprimento particular que persistiu ao longo dos anos. Somou-se a nós o Henrique, ou H-Manu. Sim: nós três éramos quatro.
Àquela época, eu queria fazer faculdade de computação, o Paulo queria ser diplomata, o Henrique era anarquista e pensava em ser político, o Augusto queria pegar as meninas mais bonitas. Não passava muito disso. Havia planos para o futuro. Eu e o Paulo fazíamos poesias. O Henrique tocava violão. O Augusto pegava as meninas mais bonitas.
O tempo passou. Entrei na faculdade de computação, mas abandonei e fiz direito. O Paulo começou fazer direito aqui e se mudou para São Paulo, para fazer direito por lá. O Henrique foi fazer direito no Paraná. O Augusto ficou por aqui mesmo e fez direito (mas continuou pegando as meninas mais bonitas).
O Paulo deixou de lado a ideia da diplomacia, formou-se em direito, mas continuou a fazer poesia e hoje é um autor respeitado no segmento literário em São Paulo, com indicação para melhor livro do ano, inclusive. Eu me formei em direito e fui parar na política, assessorando um Deputado. O Henrique, esqueceu o anarquismo, formou-se em direito e hoje circula pelas ruas da cidade dele em carros importados. O Augusto, que também se formou em direito, há tempos eu não vejo mas dentre o que estiver fazendo, por certo continua pegando as meninas mais bonitas.
5 Comentários:
Texto bacana. Fala do passado, do presente e do futuro de forma cativante. Me encontro nessa situação também, de ver alguns amigos partindo de vez em quando. Abraço.
E a Nelissa? Casou-se com J. Pinto Fernandes, que até então não tinha entrado na história.
Grande abraço do
Henrique
Coloquei o link do seu blog no meu blog. Sempre visito seu blog. Escreveu em abril. E...já sei tempo...
Cara, estou adorando seu blog! Tbm me chamo Henrique (ou zero, pela minha turma tbm de 4 amigos, que inicialmente eramos em 3)Só não me encaixei perfeitamente na história, pois ainda tenho 17 anos, mas estou a caminho de deixar as idéias anarquistas cairem no esquecimento (por mim, claro). E ao em vés de direito faço moda.
Abraço.
Eu vivi este tempo com Los 3 Amigos e lembro-me ainda daquele dia na ETF depois da aula de Teatro, você e o Paulo compondo poemas no meu gravador.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial